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Borgen tem sequência em 4ª temporada, com 8 capítulos e mesmo elenco

Série dinamarquesa agora é coproduzida pela Netflix, com foco em temas de interesse mundial

05/06/2022 às 12h56 | Atualizado: 06/06/2022 às 09h15 | By: Da Redação

Aqueles que gostam de política e de séries, já podem desfrutar a quarta temporada do ótimo seriado “Borgen”, que mostra a realidade parlamentarista vivida em um país rico, a Dinamarca. Agora com o título de “Borgen, o reino, o poder e a glória”, o seriado em oito capítulos tem a parceria da Netflix, porém traz os mesmo atores da série original, de 30 capítulos e três temporadas, produzida originalmente pela dinamarquesa DR1. Essa quarta temporada está disponível na plataforma de entretenimento desde a última quarta-feira, 2. Embora registre boa audiência, a Netflix não divulgou nenhuma informação com relação aos números.

Estrelada por Sidse Babett Knudsen, no papel da protagonista Birgitte Nyborg, a deputada que se torna primeira-ministra dinamarquesa logo na primeira temporada, e Birgitte Hjort Sørensen, a jornalista Katrine Fønsmark, “Borgen” desvia seu foco para temas mais globais do que os específicos do país escandinavo. Entretanto, continua sendo impossível não fazer comparações com o Brasil, até mesmo em razão de dois sistemas de governo e realidades econômicas e sociais diferentes. 

Segundo os criadores, essa guinada se deu em razão de ser uma “continuação independente”, com a coprodução da Netflix. O objetivo é alcançar assuntos de relevância mundial, visados pela plataforma, a fim de buscar maior aderência aos interesses gerais dos espectadores. Entretanto a série mantém, além do ótimo elenco, a direção precisa de Adam Price, conhecido e afamado escritor, diretor, produtor e dono de restaurante dinamarquês, vencedor do Prêmio Bafta, semelhante ao Emmy americano, só que do continente europeu. Aliás, Borgen foi eleita uma das melhores séries europeias de todos os tempos. Ganhou outros prêmios importantes como o Emmy (EUA), o prêmio da Academia Britânica, o Prix (Itália) e foi vitoriosa também em Monte Carlo.

Mesmo quem não se interessa muito por política deveria dar ao menos uma espiada em “Borgen”. O pano de fundo são as movimentações no Parlamento dinamarquês, mas existem diversas tramas paralelas muito interessantes, como a dinâmica do jornalismo em uma emissora de TV.

Embora tenha alcançado ótima audiência, até porque veio na sequência da interrompida série americana “House of cards”, na visão dos produtores, o público poderá se interessar mais por esta quarta temporada, voltada para questões mundiais, como o petróleo, do que pela “crise do porco”, um tema muito local, retratada em outras temporadas.

Uma curiosidade: o Palácio de Christiansborg, é a sede do Parlamento, do poder Judiciário e onde fica o gabinete do primeiro-ministro. Parte dos aposentados ainda são utilizados pela Família Real, como a Sala das Audiências. Borgen, que significa “cidadela” e ao mesmo tempo, “castelo”, é a abreviatura (ou apelido, segundo alguns) para o nome do palácio. Ele se localiza na pequena ilha de Slotsholmen, na baía de Copenhagen (capital da Dinamarca).

Para entender

A primeira versão do palácio data de 1167. Foi construído com o nome de Castelo de Absalão, pelo arcebispo Absalão de Lund. Demolido, deu lugar ao Castelo de Copenhage, em 1369. O primeiro Christiansborg era originalmente a residência da Família Real, mas após um incêndio, em 1794, a família mudou-se para o Palácio de Amalienborg, embora o prédio tenha sido reconstruído, em 1828 e novamente destruído por outro incêndio, em 1884. A versão atual do Palácio data de 1928, tendo iniciado a construção em 1907. Além de sediar o Parlamento, o imponente palácio é a sede do poder Judiciário e do gabinete do primeiro-ministro, que é o chefe de Governo, sendo o único prédio, em todo o mundo, a abrigar os três poderes de Estado ao mesmo tempo: Executivo, Legislativo e Judiciário.

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